isso pode parecer um paradoxo para vc, mas nao é.
É uma verdade da existência.
Somente as pessoas capazes de ficar a sós são capazes de amar,de compartilhar, de atingir ao mais profundo do outro sem possuir o outro, sem se tornar dependente do outro, reduzindo o outro a uma coisa e se viciando nessa coisa.
Eles permitem ao outro a liberdade absoluta porque eles sabem que se o outro partir, eles continuarão felizes da mesma forma que são agora, a sua felicidade não pode ser tirada pelo outro, até mesmo porque ela não nos é dada pelo outro.A felicidade é um estado de espirito e está dentro de você, não é algo inalcançável e não está com ninguem alem de você mesmo.
Então por que querem estar juntos?
Isso não é mais uma necessidade, é um luxo, eles desfrutam do compartilhar dessa felicidade, eles têm tanta alegria que desejam derramar isso em alguem, dividir com alguem.
Eles vivem como se sua vida fosse um solo de flauta;os tocadores de flauta sabem apreciar sua flauta sozinhos e se eles encontram um tocador de tabla, ambos gostarão de estar juntos e criarão uma harmonia entre a flauta e o tabla.
Eu estou te ensinando a ser egoísta.Deixe-me repetir.O egoísmo tem sido tão condenado que existe toda a possibilidade de que você me entenda mal.
Ser egoísta significa simplesmente ser você mesmo.
Eu digo a você: Não considere ninguém mais no mundo, considere apenas você mesmo.
E então, diante de toda essa consideração por você mesmo você vai aprender a considerar o mundo.
Sendo egoísta você alcançará o altruismo que você vem procurando e não vem econtrando, porque está tudo de cabeça para baixo.
Dizem a você para amar ao seu próximo.
Por milhares de anos, todas as religiões, os políticos, pedagogos, foram ensinando uma coisa e essa coisa e essa coisa é o "AMOR".Amai a vossos inimigos, ame ao próximo, ame seus pais, ame DEUS. Por que eles ensinam isso?Porque eles tem medo de seu amor autêntico, porque o amor autêntico é algo além de seu controle.
Você acaba sendo invadido pelo amor. Você não é o possuidor, você é o possuído. E toda a sociedade tem medo de sua natureza selvagem, é medo da sua naturalidade, por isso desde o começo, ele começa a cortar suas asas. Porque toda sociedade quer estar no controle e a coisa mais básica e mais perigosa em você é a capacidade de amar.
Mas você nunca amou a si mesmo!
E uma pessoa que nao ama a si propria , como poderá amar o proximo? De onde essa pessoa tirará amor para dar ao proximo?Primeiro você tem que ter isso em você, para depois dividir com o outro.Você acaba amando o proximo ( você, que não sabe nada do amor porque nunca teve isso dentro de você )e o próximo ama você, mas ele nunca se amou , ele nunca teve amor dentro dele; é como mendigos , medingando entre si ,um pensando que o outro é um imperador...
Você ficará surpreso em saber que se você for egoísta descobrirá tantos tesouros dentro de si mesmo que em breve você começará a compartilhá-los porque encontrar um tesouro não é tão bom quanto compartilhar a alegria de tê-lo descoberto.E os tesouros que estão dentro de você não seguem a economia comum e as suas leis.Eles são apenas o oposto da estrutura economica ordinária.Os tesouros que eu estou falando para você encontrar tem uma lei diferente : se você se agarrar a eles , eles encolhem, se você se apegar demais você pode até mesmo matá-los ; se quiser destruí-los, feche todas as janelas e portas de se torne-se uma prisão e nada poderá escapar de você.
Mas você será um homem morto, com todos os seus tesouros também mortos com você, a sua verdade, sua liberdade, seu amor, sua alegria. Tudo morre.Mas se você quer aumentar seus tesouros, compartilhe-os, divida com todos , não se preocupe se este é um amigo ou um inimigo.Não fique preocupado com o endereço, basta enviar cartas de amor.Alguém vai recebê-las em algum lugar , e quanto mais você enviar, mais chegarão a você de fontes desconhecidas.E então você, será como o tocador de flauta que encontra o tocador de tabla e ambos se unem para produzir uma nova melodia, claro sem depreciar a melodia de seus instrumentos individualmente...
Fonte: OSHO
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